terça-feira, 6 de julho de 2010

A Liga, nesta terça 06/07 “Tribos”.

Pichadores
A pichação, pixação ou pixo é uma técnica vista como artística, que teve início em Nova Yorke e veio para o Brasil na década de 1980, mais precisamente em São Paulo. Por aqui, ela é considerada vandalismo e crime ambiental detenção de três meses a um ano e multa para quem pichar, grafitar monumentos urbanos e privados.

Esta tribo se une em prol de um objetivo comum, que pode ser para protestar através dos muros, insultar, também escreve o próprio nome por diversas vezes, em lugares visíveis e, quanto mais difícil o acesso, melhor. O importante é o reconhecimento do grupo, da sociedade, seja para o bem ou para o mal. Muitas pichações são feitas também como forma de demarcação de territórios entre grupos, como gangues rivais ou facções.

Na época da ditadura militar, onde todos estavam proibidos de expressar suas opiniões políticas, era comum ver os muros pichados como forma de transgredir o que estava sendo imposto. E isso tudo não é novidade: vale lembrar que esta forma de protesto era usada já na antiguidade. A erupção do vulcão Vesúvio preservou escritas nos muros da cidade de Pompéia, na Itália, que continham xingamentos, propaganda política e poesias. Logo depois, já na idade média, a história aponta que padres escreviam nos muros de conventos rivais no intuito de expor sua ideologia, ou criticar outras doutrinas.

Existe diferença entre pichação e grafite?
O grafite, geralmente é mais bem elaborado e de maior interesse estético, sendo socialmente aceito como forma de expressão artística contemporânea. Já a pichação é mais transgressiva, sem conteúdo comum e visualmente agressivo. Muitos acham que elas contribuem para a degradação da paisagem urbana, sem valor artístico ou comunicativo.

Casos de polícia
Existem casos famosos de pichações no Brasil, como o ataque ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Durante a noite do dia 15 de Abril de 2010, o monumento sofreu atos de vandalismo pelos pichadores Aids, Zabo e Lub, da gangue DP (Dopados e Perversos) e Irreverentes, da zona oeste do Rio de Janeiro. Câmeras de segurança estavam desligadas e nada foi registrado. O monumento na época estava passando por reformas, o que facilitou para os pichadores que usaram os andaimes para chegar até o topo. Os pichadores se entregaram a polícia após a repercussão do caso e se mostraram arrependidos.

Na 28ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, Caroline Pivetta foi presa em 2008, por usar tinta para pichar as paredes internas do 2° piso do prédio do pavilhão. A jovem ficou presa por mais de 50 dias por ter participado da invasão junto com outras 40 pessoas e, como era uma pessoa sem renda, endereço fixo ou ocupação definida, diversas manifestações e polêmicas surgiram sobre como a justiça estava cuidando do caso.

eband.com.br

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