por José Armando VannucciA televisão brasileira passa por um momento interessante com mudanças que marcarão a história deste veículo de comunicação, independente de qualquer modificação no ranking das empresas do setor. A guerra travada pela vice-liderança entre SBT e Record não tem precedentes e ainda deve durar um bom tempo porque as duas emissoras dão sinais de que não desistirão de seus objetivos. Ninguém com juízo pode afirmar quem sairá vencedor nessa disputa. Tudo é possível. A Record tem sim um plano traçado com alvo na briga com a Globo. Se chegará lá ou não é outra história, mas no momento sua audiência não apresenta o mesmo ritmo de crescimento. A Fazenda” garante excelentes índices e sustenta a pauta de muitos outros programas da emissora. Ponto! Mas a dramaturgia está longe do sonhado.
Novela também é o grande problema do SBT, que perdeu espaço na dramaturgia e há muito tempo não consegue emplacar uma história que atinja números elevados. O jornalismo cumpre sua função, mas fica com números baixos. A emissora de Silvio Santos conseguiu recuperar pontos com realitys shows às 20h e promete novidades para as próximas semanas, entre elas os programas de Eliana e Roberto Justus. Mas será o suficiente? O otimismo é grande e o “comitê de criação” dá sinais de que é possível deixar esta guerra pela vice-liderança aquecida e quem sabe recuperar a posição que sempre foi da emissora. Há muito tempo não se via na Anhanguera os profissionais tão envolvidos com a empresa, um sinal de que uma administração mais jovem começa a dar resultados. O momento na TV é histórico, o final está longe e torço para que SBT e Record não desistam de seus investimentos, afinal quem ganha é o telespectador com novos programas e o equilíbrio entre as emissoras. Aliás, neste sentido, o ideal é Band, Cultura, Gazeta, Globo, Record, Rede TV e SBT com forças suficientes para dividir público e acabar com a concentração da audiência.
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