
ISABEL - afirmo sim que foi eu quem armou para Adelaide contar a história montada por ela sobre Dançarino e tentar coloca-lo sob suspeita.
Levam Isabel e Márcia presas, gritando no corredor da delegacia.
DANÇARINO - Eu te perdoou Márcia por ter feito tudo pensando na minha segurança e peço que um dia quando sair da prisão vai dizer a Marina que onde eu estiver estarei olhando por ela.
O detetive olha para Dançarino que está chegando ao fim:
DETETIVE AGRIPINO NORONHA - Olhe meu amigo, nunca vou esquecer de um dia ter te encontrado e conhecer uma pessoa especial como você.
DANÇARINO - Eu também nunca tinha encontrado uma pessoa tão especial como você, deixo como lembrança a coragem de viver, sonhos e realizações. Peço que tome cuidado com os perigos dessa cidade de contrastes e conflitos, cheia de violência
DETETIVE AGRIPINO NORONHA – Eu sei que você não resistirá, mas eu vou visitar sua família, e conhecer todos aqueles que lhe amam de perto.
DANÇARINO – Amigo todo nordestino sonha com São Paulo, em ter uma vida mais estável, com conforto e que às vezes esse conforto é desfeito pelo preconceito e que é uma prova de vida morar em uma metrópole.
JULIO MENEZES – Detetive vamos, ele não ta mais em condições de falar, sua mulher está presa, venha resolver as coisas. Eu cuido do seu amigo, agora é tarde.
DETETIVE AGRIPINO NORONHA – Eu sei disso, mas quero ficar os últimos momentos junto do meu grande amigo, que pena ele morrer assim sem poder se defender.
O silêncio toma conta da sela e Agripino vê seu amigo com a serenidade de quem chegou ao fim de sua vida.
FIM
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